Essencialmente nas datas festivas e nas férias grandes, a família apanhava o comboio da linha do Douro e aguardava impacientemente a chegada à estação da Ermida. A primeira vez que andei de taxi foi precisamente esse que me levava da estação à casa da minha avó. A minha avó esperava á porta, como sempre vestida de preto. Nunca vi a minha avó vestida de outra cor já que o luto começou ainda eu não era nascida.
Ao longo dos anos fui-me habituando ao desaparecimento dos "potes ao lume" onde havia sempre sopa a fazer ou água a ferver para o banho ,fui-me habituando ao desaparecimento do forno enorme na cozinha usado para cozer o pão ou para assar o anho , fui-me habituando ao desaparecimento de tantas memórias e recordações.
Hoje guardo no meu coração in a special spot o sorriso que a minha avó me atirava quando me vía saltar do taxi sempre que chegava.
20-Maio-1920
13-Agosto-2006
Adoro-te Avó Isaura. Lembrar-me-ei de ti a cada pôr-do-sol.
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