No outro dia conheci um cão.
Daqueles cães com um ar,um olhar e um andar que apetece tocar, apertar e levar para casa.
Sempre que eu tocava nele, ele assustava-se e afastava-se com um saltinho.
Eu tinha de conquistar este cão, e isto é algo profundamente feminino. Eu precisava que ele gostasse de mim, que não se assustasse e que gostasse de estar perto.
Bem, pelo menos que não fugisse de mim. Mas, também quis que este cão - em particular - soubesse o que são toques e carinhos ou pequenas massagens no pelo.
E quando num derradeiro gesto na despedida, o agarrei, lhe espetei um beijo e ele rosnou , soube que não tinha conseguido. E que ele nunca mais pensou em mim da mesma forma como eu continuo a pensar nele.
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