segunda-feira, 8 de junho de 2009

preciso de ti

Preciso de ti. Não de alguém mas de ti. De ti que não existes, de ti que procuro neste e naquele como se de uma utopia de tratasse, como se à partida o jogo estivesse viciado, porque tu não existes.
No outro dia perguntaram-me qual era o meu ideal de homem e fiquei sem saber como responder, hesitei longos minutos porque só me ocorria frases feitas de ideais com que fui crescendo. Esses mesmo ideais que se foram desfazendo à medida que desilusão após desilusão me fui deixando convencer que afinal é tudo fruto da minha imaginação, que não há uma tampa para cada panela e que o meu destino, se assim lhe posso chamar, é ficar não-expectante.
De vez em quando apareces tu, de vez em quando desapareces.Tu.
Tu que não existes, mas que bem podias existir, porque sinto a tua falta.

1 comentário:

  1. acho que o ideal de homem vai mudando. Aos 15, qualquer alma atormentada género Manuel Cruz :p parece magnífico, aos 20 há características que se tornam indispensáveis e aos 30 (finalmente, alguma sabedoria!) o que dantes parecia importante deixa de o ser.
    Continua com esperança: ele anda por aí, algures :)
    Alexia

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