segunda-feira, 31 de julho de 2006

quando ele era ela

 

As palavras que se escrevem não têem sexo, mas quem as lê associa-as a um determinado genêro ora masculino ora feminino. Recentemente reparei que num blogue de uma amiga deixam comentários e saudações referindo-se a ela como um "ele".

Será por escrever coisas com sentido,por ter uma opinião,por ser pertinente que ela é associada a um ele?

Intrigante.

sexta-feira, 28 de julho de 2006

os wc's semi-públicos

Rara é a ocasião em que vou à casa de banho da empresa e não encontro lá alguém e rara é a ocasião em que saio sem ser interpelada. Isto é, enquanto lavo as mãos ou analiso uma nova borbulha que apareceu nos últimos dois minutos e meio a outra pessoa tem sempre alguma coisa a dizer ou a peguntar.

É quase obrigatório frases do gênero :

- estás mais magra ( quando se está mais gorda não há comentários directos, já que os outros há-os sempre)

-essa cor de cabelo fica-te bem/está a crescer/onde vais arranjar

-hoje parece-me sexta (quando ainda é terça de manhã)

-então que tal o fim de semana correu bem/foste pra praia

-então bom fim de semana / boas férias (esta do desejar bom qualquer coisa nunca percebi bem)

- (... )

Portanto, homens, decepcionem-se à vontade já que quando as mulheres se encontram na casa de banho nada de interessante se passa .... pelo menos na que eu frequento LOL

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Mental Obsesity

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity» que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. «Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos  perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»

Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de  proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.

As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna fast food intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»

O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável  sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e  telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina,romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»

Num dos capítulos mais polémicos e  contundentes da obra, intitulado «Os  abutres», afirma: «O jornalista  alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A  imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e  manipular.» O texto descreve como os repórteres se
desinteressam da  realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.

«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.. .
Todos  conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.»

As  conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no  meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito  humano  estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a  religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a  arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o   cabotinismo, a  imitação, a sensaboria,
o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma  «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma  questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e  sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»

(recebida por email )

segunda-feira, 17 de julho de 2006

ser má

"As mulheres boas vão para o céu, as más vão para todo o lado" Tenho uma t-shirt comprada numa das viagens a Amesterdão que diz precisamente isto.

Ser sempre a boazinha,a comprensiva, a assertiva cansa.E com este calor qualquer esforço extra torna-me irritadiça