segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ele e ela

Ontem fui ver um filme que se chama Toi&Moi, incluído no Festival de Cinema Francês no Medeia Cinemas. Este filme ganhou o prémio do público e eu gostei muito.

Ao vê-lo não pude deixar de me lembrar de duas pessoas que conheço que se encontram mais ou menos enamoradas uma pela outra , ou melhor, não têem certeza de estarem enamoradas (apesar dos indìcios) mas também não têem a certeza de não estarem....(apesar dos indícios que apontam para o sim) estão naquela fase em que pesam os pós e os contras, que querem e ao mesmo tempo não querem.
Confusos?
Passemos ao filme :


- uma das personagens do filme escrevia fotonovelas , cujas imagens (fotografias muito vividas,coloridas e engraçadas) íam surgindo no ecran de quando em vez. Escrevia com base na realidade do que se passava à volta com familiares e amigos e depois alterava o final de acordo com o que seria suposto acontecer, ou de acordo com a sua vontade pessoal.


Oh, se a vida pudesse ser assim , eu gostaria de ser aquela escritora de fotonovelas. Escreveria para os outros histórias bonitas que se concretizariam de facto! Dessa forma poderia fazer uns desenhos e mostrar a ele e a ela (aos meus amigos) que não tem mal nenhum em não ter certezas, a vida deveria ser uma procura de certezas - a dois. Ter medo de falhar é bom porque faz com que o caminho percorrido lado a lado faça algum sentido e que a chegada ao final da estrada tenha um sabor especial.

domingo, 26 de outubro de 2008

nós e os outros

"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação, porque a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam o problema é deles."


Não sei quem é o autor, nem sei onde li isto, sei que esta frase me ocorre várias vezes, e de certa forma conforta-me naqueles momentos em que tenho de decidir entre o (dito) certo e o (supostamente) errado e naquelas ocasiões (raras) em que as dúvidas me assolam.


É mau quando temos de dizer e repetir que "tenho a consciencia tranquila" porque é sinal que temos de provar a alguém ou dar a conhecer que determinada situação e apesar de ter decorrido em consciência e não ser fruto de um arrufo ou de um impulso , pode ser questionada por outros , ainda que esses outros não tenham nada a ver com isso.


Viver em sociedade faz com que de quando em vez tenhamos de justificar condutas para sairmos bem na fotografia. Tudo tem uma explicação e não caberá aos outros tentar perceber porquê agimos como agimos? A resposta é fácil , se os "outros" gostarem de nós vão justificar o nosso comportamento com variadissimos atenuantes, se não gostarem de nós vao-nos condenar sem dó nem piedade. A diferença é que estes últimos não importam, ( ou não deveriam ter o poder suficiente para nos deixarem mal dispostos ) porque o que esses pensam o "problema é deles".