quinta-feira, 17 de agosto de 2006

adeus

         

Essencialmente nas datas festivas e nas férias grandes, a família apanhava o comboio da linha do Douro e aguardava impacientemente a chegada à estação da Ermida. A primeira vez que andei de taxi foi precisamente esse  que me levava da estação à casa da minha avó. A minha avó esperava á porta, como sempre vestida de preto. Nunca vi a minha avó vestida de outra cor já que o luto começou ainda eu não era nascida.

Ao longo dos anos fui-me habituando ao desaparecimento dos "potes ao lume" onde havia sempre sopa a fazer ou água a ferver para o banho ,fui-me habituando ao desaparecimento do forno enorme na cozinha usado para cozer o pão ou para assar o anho  , fui-me habituando ao desaparecimento de tantas memórias e recordações.

Hoje guardo no meu coração in a special spot o sorriso que a minha avó me atirava quando me vía saltar do taxi sempre que chegava.

 

20-Maio-1920

13-Agosto-2006

 

Adoro-te Avó Isaura. Lembrar-me-ei de ti a cada pôr-do-sol.

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