quinta-feira, 8 de março de 2007

Sol Seppy

Já me têem perguntado ouve vou eu descobrir algumas das músicas que por aqui passam...A cantora de hoje foi através do Rodrigo Leão, o album The bells of 1 2 faz parte dos discos da vida dele.

Adoro Rodrigo Leão e também por isso tinha que ouvir o que ele ouve, daí até o ter na minha mão (por assim dizer) foi um instantinho. Do melhor, gostei à primeira, coisa que nem sempre acontece - por vezes tenho que me dedicar até chegar ao ponto de amar verdadeiramente ou esquecer para sempre.

Tudo o resto que ouço , vou conhecendo devido ao facto de ouvir muita coisa, de ser curiosa, insaciável e aventureira no sentido de gostar de descobrir sempre coisas novas.

Depois é por influência de alguns amigos, outros blogs e de ler sites especializados. Enfim...não é por deformação profissional é por amor mesmo. À música e à sua contribuição para o meu bem estar.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Joan as a police woman


as long as you follow me/this is what i do, like i do/i've been on the ride before/it never stops at all



segunda-feira, 5 de março de 2007

desabafo

Este poema nunca fez tanto sentido como agora. Numa altura em que toda a minha vida está suspensa. À espera de luz verde para prosseguir a minha carreira profissional noutro país.A minha serenidade é apenas aparente,a ansiedade invade-me, a impaciência instala-se.Vou adiando coisas, o medo de sair à rua aumenta....não vá o amor ( o tal ) espreitar ao dobrar de uma qualquer esquina e eu ter que lhe virar as costas! Já não basta TUDO o resto!Como é que se vive assim?

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração.


António Ramos Rosa

domingo, 4 de março de 2007

X-wife



Rendo-me à minha ignorância e confesso penosamente que não conhecia os X-Wife. Em resposta ao convite "queres vir ao Theatro Circo ver os x-wife? " digo "opá era gaja pra isso". E fui. Pelo Theatro Circo ( um espaço bonito em Braga ) e essencialmente pela companhia .

E gostei...aquilo passou-se no piso -2 (???!) surpresa...uma coisa muito underground,(imaginei entrar na sala e ver nuvens de fumo...) escadas em madeira preta, sala pequena, pessoal maioritariamente vestido de preto ( eu incluída,claro), muitos teens. E eu sem saber - de todo - o que ía sair dali...

À primeira música gosta-se ou odeia-se. Aliás o João Vieira ( DJ Kitten ) avisou...quem quiser sair, agora é o momento.... Eu gostei...da irreverência, da frescura, da energia e do guitarrista de óculos com aspecto de intelectual que se passeava duas filas à minha frente.

sábado, 3 de março de 2007

O labirinto do fauno ( FantasPorto #4)

Com esta idade já deveria ter aprendido a não criar expectativas em relação a filmes. E a outras coisas já agora. A história conta-se rápida...fui ver o filme-que-não-consegui-ver-no-Rivoli-bilhetes-esgotados-porque-era-a-sessão-oficial-de-abertura e não gostei tanto como achei que ía gostar. Sim, o filme é bonito, faz um paralelismo interessante entre o mundo de fadas e a guerra civil em Espanha na altura do regime ditatorial de Franco. Mas não sei...faltava qualquer coisa (não eram efeitos especiais concerteza) talvez lhe faltasse um pouco mais de emoção. E a mim vontade de o rever.

Grande Prémio para o Melhor Filme

Melhor Actor - Sergi Lopez

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Taxidermia (FantasPorto#3)

Filme sensação do ultimo Festival de Cannes. Três gerações de uma família num filme truculento, exagerado, fascinante, por vezes incomodativo, afinal uma sátira feroz à Hungria e à sua História. O soldado Vendel desenvolve técnicas mirabolantes de masturbação, o filho come e o filho deste é taxidermista.

A minha opinião : Excelente, filme incomparável com qualquer outra coisa que eu já tenha visto.

Prémio do Público

IN http://www.fantasporto.online.pt/rivolig.htm

Trailer aqui : http://trailersforthemasses.blogspot.com/2006/07/taxidermia-2006.html

sábado, 24 de fevereiro de 2007

The Host (FantasPorto#2)


Com o nome “The Host”, e com Bae Doona, Park Hae-il, Song Kangho e Byeon Hee-bong no elenco, o filme segue a luta desesperada de uma família contra a presença de um monstro que vive nas águas do Rio Han.

Este projecto, inspirado na obra de H.P. Lovecraft, tem sido tratado como um “segredo de estado”, sabendo-se que metade do orçamento está destinado à criação de efeitos especiais, estimando-se que esse valor se situe nos 4,6 milhões de dólares.

Numa recente entrevista, Bong Joon-ho falou do projecto, revelando que o secretismo se deve a não contar demasiado, estragando assim as eventuais surpresas. Para além disse, o cineasta adiantou que este não é um filme onde a criatura é o fundamental a focar, mas sim a sua envolvencia numa obra que terá um pouco de acção, drama e até alguma comédia.


A minha opinião : Excelente, daqueles filmes que voltaria a ver, o cinema sul coreano continua a dar cartas.


Prémio Melhor Realização


IN http://fantas.c7nema.ws/pt/modules.php?name=News&file=article&sid=528


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Suicídio encomendado (FantasPorto#1)

O telefone toca. Do outro lado da linha o costume: as empresas de sempre a tentarem impingir-nos mais um fabuloso produto, uma irresistível promoção, um tentador inquérito. Mas e se nos oferecerem a solução para os nossos mais tormentosos problemas?
http://www.suicidioencomendado.com
Foi assim com Luís Tinoco. Atendeu o telefone e, do outro lado, a morte – há tanto ansiada depois de um já de si mortífero desgosto amoroso – chamava. Ou melhor, chamava uma empresa de suicídios e um agente empenhado em propor a solução para a angústia de Luís. Mesmo que, para isso, tivesse de saltar de tentativa em tentativa (falhadas) para pôr termo à vida de tão bom cliente.

A ideia de tamanha loucura é do jovem realizador Artur Serra Araújo e é o ponto de partida de ‘Suicídio Encomendado’. O filme tem honras de abertura da Semana dos Realizadores do Festival de Cinema do Fantástico do Porto, Fantasporto. Na sexta-feira, dia 23, a história de Tinoco conta-se na estreia no grande ecrã de João Fino (Tinoco) que, a par do realizador Artur Serra Araújo, ensaia os primeiros passos na longa-metragem depois de uma breve parceria numa anterior curta do cineasta. “Concorremos ao apoio do ICAM (Instituto de Cinema, Audiovisual e Multimedia), ficámos perto mas não conseguimos. Foi uma aventura entrar neste filme sem apoios mas puxámos pela imaginação e fizemos das dificuldades desafios”, lembrou ao CM Artur Serra Araújo.
Depois de três meses a rodar no Porto e em Trás-os-Montes em 2005, o resultado é um divertido “road movie” ao estilo de comédia negra de um jovem “que já queria morrer depois de um desgosto de amor”, antecipou o cineasta de 29 anos.
In Correio da Manhã
A minha opinião : Excelente, a prova que em Portugal há muita qualidade.Filme rodado sem apoios ( tirando a pasta Couto lol ).Pessoal novo mas com muita garra,já deixaram marcas.Boas.

Prémio Especial do Júri - Semana dos Realizadores

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

O dia em que quase tive um médico de família

Habituada a ter a mesma médica de família desde sempre até hà algum tempo a esta parte ...é-me ainda um bocado estranho esta coisa dos recursos, em que basicamente se madruga (obrigada mãe....) para conseguir uma consulta, e depois se espera pacientemente (geralmente a manhã toda, obrigada mãe...)que o médico designado atenda. Até agora já tive três diferentes....o que até não me parece mal porque gosto sempre de conhecer pessoas novas :p

 

Estava eu a trabalhar quando a minha mãe me liga, que já tinha a consulta. Lá vou eu toda "lampeira" e já com o diagnóstico da minha alegada "doença" ,whatever, pronto ! E ainda uma listinha de exames que iria pedir ao médico (exames anuais).

 

E não é que o Srº Doutor me diz simpaticamente ( já vão perceber o elogio ....) que eu sou uma espécie de hipocondríaca?

Eu que vou ao médico uma vez por ano ? Percebi que foi influenciado por uma resma de exames que levei (não mais de 15 ) a que designei "todos os exames da minha vida" e pelo facto de eu não ter feito o papel do  ó-senhor-doutor-não-sei-o-que-tenho. Claro que o que eu achava que podía ter estava errado, mas isso agora não interessa nada :p

Daí até à  pergunta se não tinha mais nada que fazer na Internet além de pesquisar sobre potenciais doenças,curas e afins foi um instantinho.. Claro que eu tive que responder a verdade e foi assim que o meu-quase-médico-de- família ficou a saber do meu blog.

 

E agora perceberam o "simpaticamente"?! eheheh Estou a brincar. A realidade é que fui sempre muito bem atendida por qualquer médico do Centro de Saúde - todos homens curiosamente. Será coincidência? Eu acredito em coincidências? Hummm, não me parece.

Num país em que se fala mal de tudo e de todos, há que dizer bem também, porque coisas boas acontecem, porque existem bons médicos que dependem de estruturas que não funcionam bem e por isso são sempre a cara visível do problema e por isso são sempre o alvo do desespero de quem desespera nas filas.De espera.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

borboletas


Gosto muito de borboletas.


Agora adivinhem lá.


Será isto um assunto sério, inocente,desprovido de qualquer 2º sentido?


Terá a ver com os programas do National Geographic ?


Oh...tão inocente que eu sou . LOL


Bom fim de semana.


Citação do programa Intima Fracção www.intima.blogspot.com de 25.06.2006


"Em que momento se torna perigoso avançar mais? A pergunta surge no momento em que achámos que já fomos longe demais"

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

outra vez ?

Curiosamente recebi dois "emilios" com o mesmo postal do dia dos namorados.O que é que isto quererá dizer? Tenho que ir ler o meu signo hoje lol.

Achei o máximo, já que acho este dia uma grande parvoíce, logo qualquer motivo para chacota é sempre bem recebido e apreciado.

Diziam-me , de manhã, que hoje o pessoal parecia todo especialmente bem disposto.Porque será? A influência americana é assim tão grande afim de até determinar estados de humor?

Hoje aos beijinhos, amanhã à chapada. Tenho pena que ainda se viva tanto de aparências e de modas.

Há-de haver muitas pessoas a olhar para o relógio a ver se as horas passam rapidamente. E nem todas pela mesma razão.

 

 

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Orgasmos Femininos by Pedro Alex


The Day After www.anexo1.blogs.sapo.pt


Já os senti na boca, nos dedos, nos olhos.


Já os provei com a língua, doces, salgados, mornos.


Já me assustaram, sossegaram, inebriaram, desconsolaram.


Já os ouvi aos gritos, aos sussurros, com risos ou lamentos.


Já me despedaçaram quando os descobri falsos.


Já me comprometeram na promessa de nunca os divulgar.


Orgasmos idos, orgasmos incógnitos, que me acompanham


Escondidos na lembrança.


Quando surgem, do nada, embrutecem-me


A virilidade, o desejo da masturbação que os volta a esconder.


Orgasmos que agora não me consolam.


Orgasmos, alguns tão mal tratados,


Outros tão amados, tantos só por prazer.


Orgasmos!


Pedidos, forçados, partilhados.


Simultâneos, múltiplos, em público ou privado,


Orgasmos!


De manhã, de tarde com pressa.


De noite, rendidos pelo encanto do prolongamento do tempo,


Submetidos à vontade do abraço, ao sabor do beijo,


À dureza do meu sexo,


Ao crer no verdadeiro Amor, ao querer mais que o Amor.


Orgasmos secos, húmidos, encharcados.


Orgasmos levados em lágrimas.


Orgasmos levados por palavras.


Orgasmos masturbados, vibrados, bêbados, sóbrios,


Revoltados!


Meigos, carinhosos, suaves e gentis.


Pragmáticos!


Lentos, plácidos, calmos e prolongados.


Enigmáticos!


Envergonhados, inexperientes, sôfregos e desastrados.


Descarados!


Angustiados pelo desejo ou pela privação.


Orgasmos!


Desesperados pela paixão ou pela sua falta.


Orgasmos,


Que me angustiam pelo medo dos descobrires,


Que os interrogues, que os julgues, que os compares.


Orgasmos que tiveram um momento.


Orgasmos que me foram oferecidos, implorados,


Arrancados a ferros incandescentes pelo tesão.


Orgasmos que me assombram pelo medo dos desvendares.


Que por eles não me queiras, não me desejes,


Mesmo sabendo que já idos não me consolam.



www.anexo1.blogs.sapo.pt Pedro Alex

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Ginástica em grupo

O que faz com que tenhamos uma vontade imensa  de suar(muito)em grupo? Não é o desejo de vestir um bikini tamanho 32, nem tão pouco o facto de não conseguirmos subir três lanços de escadas sem que precisemos de uma reanimaçãozita devidamente protoganizada pelo vizinho. Sim , porque há sempre um vizinho jeitoso ( ou pelo menos devia haver) que aparece no momento certo para dar uma mãozinha.Com as compras.

Tá bem, pronto! Também aparecem em momentos errados, como quando estámos a colocar baton ou perfume no elevador porque já estámos a sair atrasadas de casa. Ou então - pior - quando estámos a ajeitar a alça do soutien que teima em cair. Coisas de mulheres.

O que nos dá pica ao ponto de ficarmos com o cabelo colado à nuca, não é o facto do homem que comanda as hostes na sala ser "bom como o milho" daqueles que têem tudo no sítio . Têem sempre tudo como deve ser, será que é condição indispensável para estarem habilitados e será isso que nos faz obedecer cegamente ás ordens de para cima , para baixo, dar mais força, tirar força.... mesmo quando todos os bocadinhos de nós já pedem festinhas pelo corpo todo ?

O que nos nos faz realmente ter vontade,  é o efeito maravilhoso que o exercício provoca a nível hormonal nomeadamente  aumento das endorfinas e o aumento dos níveis de estrogénios .As hormonas do prazer são , de facto, as culpadas do efeito viciante .

E quanto mais fazemos, mais queremos fazer. Spinning.  

domingo, 4 de fevereiro de 2007

cedo

Dormem descansados.

Ela ao meio da cama com um braço debaixo da cabeça e ainda de chupeta.4.

Ele numa ponta, de lado, encolhido,com um pijama meu improvisado.11.

De resto sobra um bocadinho de espaço para mim. E quanto mais me demoro,mais esse lugar vai diminuíndo.

Os meus sobrinhos passaram o fim de semana comigo por causa da morte da mãe da minha cunhada ( sogra do meu irmão).Amanhã levo-os à escola e ao infantário.

Hoje foi o dia que tive que dizer ao meu sobrinho que perdeu uma avó. Não foi fácil para mim,mas muito menos para ele. Aos 11 anos vai começar a perceber o que é a saudade. Terrivelmente cedo.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

pior do que morrer

Há coisas piores do que morrer. Aliás, morrer nem deve custar nada.Morre-se e pronto.

E excluindo  as vezes que voltámos como assombrações ( o que deve ser sempre doloroso,diga-se de passagem) tá-se bem. Acho. Não sei o que é morrer, nem sequer sei o que é estar quase a morrer. Ou melhor, talvez me lembre de qualquer coisa mas muito vagamente (rsss)...uma vez em que me encontrava despida e achei que ía morrer. Tive quase a certeza que fui ao outro lado e vim...Isto tudo num segundo ou mais,não me lembro.Foi a primeira vez :)

Haverá vida para além da morte?Voltaremos como reencarnação?Haverá céu,inferno, purgatório, anjos sem costas,barcas?Não sei, não me interessa.Logo se verá. Logo como quem diz...!

Pior do que morrer, é perder a vida lentamente. É ficar incapacitado. Já não bastando as coisinhas más que nos aparecem sem avisar, que se infiltram nos nossos corpos e mentes e que nos usam e abusam, ainda há pessoas que sistematicamente causam mal a si próprias.

Todos os dias atentam contra a sua vida e - pior - contra a dos outros.

Refiro-me às pessoas que fumam, sabendo o mal que faz. Sim, porque além de causar impotência....( foi o que li num maço de cigarros, juro)  -  o que será o menor dos males - causa ou pode causar uma morte horrível, demorada e sofredora .

As pessoas que agem desta forma são o mais egoístas possíveis, porque quando morrem ou quando algo lhes acontece,provocam sofrimento aos que ficam.Aos que têem que cuidar deles, aos que assistem a uma morte lenta. Aos que se sentem impotentes para fazer seja o que for afim de alterar a sequência de acontecimentos.

A nossa saúde pode estar já tão comprometida sem outros factores. Que podíam - pelos menos esses - serem evitados. A vida é delas,sim senhor. Mas não será também de todos os outros que os rodeiam?Claro que sim.

 

A música deste post tem uma letra a que vale a pena prestar atenção.

Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world
.

"Hold me darlin' just a little while"
I held her close I kissed her our last kiss,
I found the love that I knew I had missed.
Well now she's gone, even though I hold her tight,
I lost my love, my life that night.

Leitura alternativa recomendada pelo meu amigo PM ( a propósito do post "homens sérios" )http://www.paralerepensar.com.br/a_jabor_omundotravesti.htm


terça-feira, 23 de janeiro de 2007

homens sérios

Serão os homens sérios uma espécie em extinção, onde os raros exemplares são cuidadosamente preservados pelas mãezinhas nos aconchegos dos lares?Até que apareça uma candidata loura de olhos azuis, com uma pós-graduação em fada-do-lar, com ancas boas para parir e preferencialmente virgem,ingénua e desprovida de qualquer vontade própria.

Onde se conhecem homens sérios? No mesmo sítio onde se apinham os homens futéis?Aqueles desprovidos de qualquer decência que vá além dos seus cinco centimetros de pénis? Como distingui-los? Aos homens.

O papel da mulher é cada vez mais difícil pela simples razão em que a mulher não sabe como se deve comportar. Com a emancipação feminina , a mulher passou de presa a uma “espécie de predador” e os homens não sabem ainda o que pensar . Porque se a mulher toma a iniciativa num relacionamento é porque é atrevida,atiradiça, logo não interessa.Se deseja e permite intimidades num primeiro encontro ou até num segundo é porque a mulher é fácil, logo não interessa. Se a mulher é uma puritana dá muito trabalho, logo não interessa.Se a mulher toma a iniciativa o homem sente-se diminuído nas suas capacidades de macho(?!!),logo não interessa.

As pessoas (sérias) – por serem sérias – têem medo da entrega,de serem magoadas mas principalmente de magoar outros, de apostarem no cavalo errado e daí continuarem a viver as suas vidas com serenidade. Sim, porque essas pessoas não são apressadas,têem tempo e não se precipitam. Deixam-se estar porque acreditam no destino e acreditam que a utopia chamada felicidade que perseguem,existe.Se tivesse pena de alguém teria pena das pessoas sérias!Teria pena de mim! E desejaria encontrar alguém igual, exactamente assim : séria que me fizesse rir.Rir muito.

Como se conhecem homens (sérios)? Onde andam, o que fazem? Isto vem de encontro ao que a minha amiga escreve hoje no http://tudo-no-nada.blogspot.com , onde andam as pessoas...homens, mulheres que sabemos que estão sozinhas, como se encontram? Que medos são esses de interagir com outros da espécie. Desconfio sempre de quem me diz que está bem assim, tipo sozinho em casa parte XXX (30).Não faz sentido as noites solitárias,não somos assim.

Pode haver muitas pessoas com quem queiramos dormir mas há tão poucas,ou nenhuma com quem queirámos acordar e isso é o que nos torna infinitivamente sozinhos.Á espera.

Daquela pessoa que tenha a mesma forma de estar na vida nos seus principios básicos, que se queira comprometer numa relação a dois,que tenha os mesmos objectivos , que esteja na mesma onda.Que queira levar a vida à séria.Enfim...uma pessoa séria.

Existem, eu sei. Somewhere out there. Como os ovnis e os homenzinhos verdes.

Existem, tenho a certeza. Tenho mesmo.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

podcasting

Depois

de

descobrir

o

maravilhoso

mundo

do

Podcast 

não

quero

outra

coisa.

 

Podcasting is delivering audio content to iPods and other portable media players on demand, so that it can be listened to at the user's convenience. The main benefit of podcasting is that listeners can sync content to their media player and take it with them to listen whenever they want to. Because podcasts are typically saved in MP3 format, they can also be listened to on nearly any computer.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

O amor é fodido , by MEC

Há livros que se lêem uma vez apenas, há outros que se repetem. Este do Miguel Esteves Cardoso é um deles. Simplesmente delicioso. De 1994 mas sempre actual :)

A certa altura decidi que mais valia estar sozinho.Nunca na minha vida arranjei tantas namoradas.A Teresa já tinha morrido há dez anos, a minha primeira paixão por ela já tinha mais ou menos passado e parecia-me a ocasião ideal para me isolar do mundo do qual tão demoradamente me tinha fartado.

Porque é que as mulheres não resistem a um homem que quer mesmo estar sozinho,que nem sequer quer estar com os amigos, ou ter amigas só para ir para a cama com elas, sobretudo quando tem uma casa grande?

Não se pode ficar sozinho e bem disposto neste mundo.Para garantir uma solidão minimamente desacompanhada é preciso estar-se triste.

(...)

O meu período <só> foi assim : um corropio. As raparigas entravam por uma porta e saíam por outra no dia seguinte. Só faltava distribuir senhas de supermercado.Raramente se cruzavam,note-se. Cada uma era atendida no seu tempo, com um toque personalizado.Se calhar combinavam entre elas. Capaz disso eram elas – tal era o desrespeito em que me tinham. Só sei que muitas delas eram amigas umas das outras. Sei porque era destas que menos gostava. Foder uma amiga duma amiga é chato, como sair um cromo repetido. (...) Tira um bocado o tesão, esta familariedade.

(...)

Uma vez surpreendi-me tanto como uma delas que me tirou o tesão durante vinte e quatro horas. Era uma professora de liceu, de cabelo curto, daquelas que têm <aventuras> e depois vão bufar tudo para as revistas femininas, descrevendo-nos com displicência - «ele foi apenas um instrumento para me vingar do Alexandre..»; tanto fazia aquele como outro; eu precisava era de perder a cabeça – estão a ver o gênero.

Ela própria pediu-me a meia-foda, que a «tratasse mal».

Confesso que não percebi.Apeteceu-me dizer-lhe «Ó filha, isso levava anos...!» Mas pedi esclarecimentos.

«Mal como ?», intrigado

«Tu sabes...»ofegante, já envergonhada de ter falado, por causa do pequeno intervalo que criei com a minha dúvida.

«Queres que eu te maltrate?»

«Não....trata-me bem» e mais ousada, com aquela cara anos 30 que as mulheres faziam quando queriam passar por malandras «Estás-me a tratar tão bem...»

E logo a seguir : «Mmmm...»

Calei-me e continuei.

Ela repentinamente desesperada, abrandando o passo : «Então?»

E eu, perspicaz, não fosse pôr em perigo a foda : «Queres que eu te chame nomes?»

Ela corou. Juro.

Eu repeti, na voz que se usa com crianças muito novas e que todas as raparigas apreciam nesta ou naquela outra altura das suas vidas :«Minha malandra....tu queres que eu te chame nomes...»

E comecei «Tu és uma desavergonhada...»

E ela, primeiro : «Nao»

E depois, acelerando «Sou! Sou sim! »

Eu : «ordinária»

Ela : « não...não...não »

(...)

(...)

Eu, de cabeça igualmente perdida, incapaz de encontrar mais sinónimos, ou nomes ainda mais reprováveis, limito-me a um simples e pouco significativo : «Puta»

Pára tudo.

Pronto. Já ninguém nesta casa se vai vir.

Ela diz : «isso não »

Eu,verme : «desculpa»

«Não», repete, começando a arranjar a roupa, «Isso é que não»

Está mais composta do que no momento em que meti conversa com ela. Ó sorte.

Comecei a rir.Foi obra santa, porque perdi o tesão todo.

Perguntei-lhe se havia alguma lista que eu pudesse consultar.

Ela : «Detesto as pessoas que abusam...detesto!» Está à procura das cuecas, o que lhe tira alguma credibilidade.

E «vaca»? É permitido vaca ou só porca?

Ela, não sei quê, de dar um dedo e tomarem-lhe logo a mão inteira, ainda não encontrou as cuecas.

Eu acho que a minha casa come cuecas. Chupa-as pelas frestas entre as tábuas, para dar de comer ao caruncho. É uma espécie de negócio.

(...)

Ela veste os jeans sobre o rabo nu.Rabo bom. Pena. Podíamos ter sido amigos. Podíamos ter sido...partenaires!

Sai de minha casa e lembra-se que não tem dinheiro para o taxi.

Bate fortemente.

«Para onde será desta vez?» pergunto eu, arrastando-me para a porta.

É para longíssimo.Dois contos. Toma que é para aprenderes. Ela recebe o dinheiro como se fosse um direito humano.

«Amanhã pago-te»

E eu não resisto a dar uma facadinha também: «Deixa lá...não tem importância»

O amor é fodido, Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

2007

Não sou pessoa de fazer balanços,tenho por hábito nunca olhar para trás.Nunca penso no que aconteceu depois de ter acontecido.Acredito que tudo o que acontece,acontece por uma razão - e se já é passado - não posso anular ou fazer de forma diferente algo que não funcionou como era suposto.

Do passado fico com a experiência,com os ensinamentos enraizados na minha essência,com as mágoas guardadas num sítio qualquer do meu subconsciente e com a felicidade passada sempre presente.

No momento presente - todavia - penso no futuro. Com a certeza que 2007 vai ser um ano de mudanças na minha vida. A empresa onde trabalho fez a abertura de alguns telejornais e anunciou o encerramento de mais uma fábrica de componentes para automóveis em Portugal.

A empresa que me viu crescer como pessoa,que me formou como profissional,a única empresa onde trabalhei em toda a minha vida ,a empresa que fica a dez minutos de minha casa e que me possibilita almoçar todos os dias nos meus pais vai fechar.A empresa que apostou em mim desde 1989 - tinha eu 18 anos - e ela estava a dar os primeiros passos!

É já com saudade que chego todos os dias de manhã cedo , ligo o computador, vou buscar um café e olho ao redor do gabinete,dos corredores,do hall de entrada,das linhas de produção. Cada bocadinho,recanto é visto como se fosse a última vez ou a primeira. Deve ser isto a que chamam a "morte anunciada". A seguir começo a trabalhar e compete-me (também) a mim ajudar a efectuar a transferência para outra fábrica do grupo desta feita na Polónia...

Custa olhar para 500 e tal pessoas e ver sombras nos rostos de um futuro incerto,algumas despreocupadas planeiam viagens,outras fazem contas á indeminização ( Ora quanto é que dá 2 salários por cada ano de trabalho, quanto é que é? ), outras fazem contas à idade para ver quanto tempo podem ficar no fundo de desemprego (assumindo já que ficam o tempo todo em casa) e outras ainda sonham ainda em montar negócios por conta própria,alguns poucos começam a ir a entrevistas e eu...eu...

Eu...vejo retribuído tudo o que sempre dei á empresa - o amor à camisola até ao último instante, as horas e horas de trabalho depois da hora, as férias mal gozadas muitas vezes,o empenho , dedicação e profissionalismo aliado ao bom conhecimento técnico dos processos financeiros,dos fluxos de toda a empresa, da minha capacidade de trabalho e polivalência - com um convite formal para continuar a fazer parte da empresa, mas num país diferente,numa cidade que adoro, onde já fui feliz :)

E assim passo os primeiros dias de 2007. A viver a minha vida aqui no Porto,com a minha família e amigos mas já cheia de saudade disto tudo,com uma lágrima no canto do olho como se me restasse 3 meses de vida e tivesse que fazer tudo em tão pouco tempo.Com vontade de assistir ao nascer-do-sol na montanha já amanhã.Com o desejo que me aconteça um emprego no país que me faça ficar, com o desejo de descobrir um novo amor que não me deixe ir .E se for, com o desejo que aquela cidade seja tão maravilhosa como eu a recordo, que me acolha e me acarinhe e me deixe amá-la, mas que me devolva aos meus.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

montanha acima

E foi assim que passei um excelente dia...montanha acima...( ou a descer se formos de costas lol)...Foram "apenas" 14 Kms, escusado será dizer que no dia seguinte tive que repreender a andar já que os gêmeos do "je" não estavam a funcionar bem :p...

Ar puro, natureza, pés molhados,excelente companhia,nariz a pingar,calças arregaçadas...

Ir à montanha torna-se um hábito, um vício.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

escolha

E se de repente tivessem que escolher uma música apenas.

" A " música da vossa vida.

Qual seria ?

domingo, 26 de novembro de 2006

Mário Cesariny 1923-2006

"Gostava de ter daquelas mortes boas, em que uma pessoa se deita para dormir e nunca mais acorda".

Cesariny (Autografia)



Deixo ficar um dos meus poemas favoritos " Pastelaria" declamado pelo próprio.. Nada mais me apraz dizer e não ser que o dia começou triste .

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Curiosidade ou a arte de imaginar

Confesso desde já.  Imagino rostos, vozes, corpos,pessoas interessantes.

Conheço-os.

Imagino a que cheiram,como se vestem,de que cor têem os olhos,como cruzam as pernas, se tomam café ou chã,se acordam bem dispostas,que músicas ouvem.

Sinto essas pessoas a acordar, a escreverem histórias com palavras para que eu as leia....logo que possa. 

Sorrio quando os vejo passar por mim, no anonimato tão familiar.

Desejo tirar-lhes o véu, hesito com o receio que o encanto se quebre,que a ilusão e fantasia desapareçam e que nada seja como dantes.

Até um dia em que nada haverá a perder ou então que já não aguente mais. A curiosidade.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

o eterno retorno

E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse:
- Esta vida, assim como tua vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida há te de retornar, e tudo na mesma ordem de seqüência... A eterna
ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela,
poeirinha da poeira!
Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e te amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou vivestes alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderia:
"Tu és um Deus, e nunca ouvi nada mais divino!".
Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse; a pergunta, diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e ainda inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre teu agir! Ou então, como terias de ficar de bem contigo mesmo e com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?

(Em a Gaia Ciência (1978:208, - Nietzsche)

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

emoções inutéis

Há coisas que sabemos mas não teremos porventura consciência real . Ao ler um livro do Wayne W.Dyer "As nossas zonas erróneas" deparo-me com o capítulo das emoções inúteis e penso imediatamente porrra é mesmo isto.
"ao longo da vida, as emoções mais vãs são os sentimentos de culpa por algo feito e a preocupação relativa ao que se poderá fazer" Ou seja , no presente, no momento actual poderemos ficar suspensos por causa de coisas ocorridas no passado ou expectantes por coisas que irão acontecer no futuro. ´
Todos nós fizemos coisas no passado que nos causou algum desconforto ou sentimento de culpa. Costumo dizer que nunca fiz algo do qual me arrependesse, mas que houve coisas - que hoje - não faria ou faria de forma diferente. Isto é uma forma bonita de dizer que sim, fiz coisas das quais me arrependo e pelas quais carregarei algum sentimento de culpa - que está a ser objecto de uma análise mental profunda as we speek.
Este sc é um desperdício de energia já que factos ocorridos não poderão ser alterados e portanto devíamos ter coisas mais interessantes para fazer,certo? Os sentimentos de culpa são muitas vezes associados à manipulação, pelos pais aos filhos , pelos filhos aos pais, na escola com as notas, pelos casais nomeadamente em casos de comportamento errático ou na intenção de se conseguir algo.
Em relação à preocupação, é a mesma coisa, o ser humano preocupa-se com os filhos, com a morte,a saude,a felicidade,os preços, os acidentes,o que os outros vão pensar, com o cão e com o gato . É normal preocuparmo-nos e até nos é quase imposto que nos preocupemos se alguém que conhecemos vai ser operado, se vai ficar desempregado whatever. E o interessante nisto tudo é que nos preocupámos com coisas sobre as quais não temos qualquer controlo e mais uma vez existe um desperdício de energia no momento presente.
Amanhã vou ao dentista tratar um dente com um problema relativamente sério e ando a dormir mal desde a semana passada ,preocupada com o que irá acontecer,e com o que terei de facto.Além de sentir algum sentimento de culpa por não ter tratado disto quando me surgiram os primeiros sintomas aqui há 2 anos atrás.
O que ganho agora com preocupações ou sentimentos de culpa?! Absolutamente nada,apenas me desgasto,me canso,me desperdiço,me inquieto.E ganho olheiras.Mais.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Diana Basto

Diana Basto...quem? Pois é...para mim....uma das melhores vozes portuguesas !

E tem apenas um álbum editado Amanhecer de 1999.

Foi revelada em 1998 por Pedro Abrunhosa, que produziu o seu primeiro disco a solo. ( e único )

Voz simplesmente fantástica, músicas lindas como esta " Grita,Sente" ! Ou então "O mar", "Se eu voar" etc

Para quando um disco novo ?!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

etiquetas

                                                      

                                                         

Depois de ter sido etiquetada pela Mac  e pelo  Astor - resolvi também eu  – despir-me mais um pouco e contribuir para este nu colectivo que se avizinha na blogosfera.

Tenho que falar sobre 1/2 dúzia de coisas aleatórias sobre mim  .

 

Medo

Tenho medo da morte,de doenças incuráveis,do sofrimento,de ver morrer as pessoas que amo, de magoar quem gosta de mim.

 

Independência

Desde sempre me habituei a fazer as coisas sozinha.Entre o não fazer por falta de companhia e o fazer sozinha, eu escolho sempre o fazer. Ir ao cinema, ir de férias ( fantásticas em Amesterdão...), ir passear à beira-mar. Sempre fui a pessoa que resolve tudo, a que tem sempre o conselho certo a dar, a forte, a presente.

 

Sensualidade

Não conheço a vida sem sensualidade,romance,flirt,namoro,surpresa,inovação,sedução,fantasias.

 

Utopias e sonhos

Procuro a felicidade,mas cada vez sei menos o que é isso. Recuso-me a aceitar que os meus valores estão errados e insisto em acalentar sonhos.Ás vezes apetece-me deixar-me ir ,indefesa, com o rebanho.Esses momentos de insanidade duram pouco e retomo novamente o meu bem-estar mental com a certeza acrescida que tenho a obrigação de viver,de procurar ser feliz.Sozinha se for preciso.

 

Amigos

Tenho mais amigos-homem, do que amigos-mulher.Não sei bem porquê e mesmo assim são poucos .Gostava de ter um grupo de amigos onde todos se conhecessem entre si e de fazer coisas em conjunto (não é isso que estão a pensar!),desde jantaradas em casa uns dos outros até idas ao cinema ou conversas pela noite dentro. Os amigos são a família que escolhemos. A amizade – como dizia alguém – é amor sem sexo.

 

Falar

Pela boca morre o peixe,já diz o ditado.Talvez por gostar de psiclogia ou whatever sempre tive a tendência para ser estupidamente sincera,de dizer o que penso. Mas atenção , apenas sou assim com as pessoas de quem gosto.Todas as outras passam-me ao lado,sendo as suas opiniões devidamente ignoradas por mim em tempo útil.

                                                      

sábado, 23 de setembro de 2006

Pois, é verdade, já toca cá em casa o novíssimo do C.Veloso.

A primeira impressão que tive, foi que não se gosta deste disco à primeira, e há uma faixa que francamente não gosto : porquê, pela frase,pela repetição, pela imitação do nosso sotaque.

Gosto especialmente de deusa urbana, musa híbrida , o herói.

Agora tenho de ir. Há música nova no pedaço !

Bom fim de semana 

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

volver

Almodovar não tem filmes maus,é um facto. Este filme provocou-me uma emoção profunda e muito intensa, chorei (simplesmente) e ri à gargalhada. Gosta de Almodovar. Cada vez mais.

 

Tres generaciones de mujeres sobreviven al viento solano, al fuego, a la locura, a la superstición e incluso a la muerte a base de bondad, mentiras y una vitalidad sin límites.
Ellas son Raimunda (Penélope Cruz) casada con un obrero en paro y una hija adolescente (Yohana Cobo). Sole (Lola Dueñas), su hermana, se gana la vida como peluquera. Y la madre de ambas, muerta en un incendio, junto a su marido (Carmen Maura). Este personaje se aparece primero a su hermana (Chus Lampreave) y después a Sole, aunque con quien dejó importantes asuntos pendientes fue con Raimunda y con su vecina del pueblo, Agustina (Blanca Portillo).
" Volver" no es una comedia surrealista, aunque en ocasiones lo parezca. Vivos y muertos conviven sin estridencias, provocando situaciones hilarantes o de una emoción intensa y genuina. Es una película sobre la cultura de la muerte en mi Mancha natal. Mis paisanos la viven con una naturalidad admirable. El modo en que los muertos continúan presentes en sus vidas, la riqueza y humanidad de sus ritos hace que los muertos no mueran nunca.
“Volver” destruye los tópicos de la España negra y propone una España tan real como opuesta. Una España blanca, espontánea, divertida, intrépida, solidaria y justa.

 

 Para quem gosta de cinema , aqui está um blog que sabe do que fala    http://cinept.blogspot.com/ 

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

o frio

Chegou a época dos pés frios.É um mal com que já me habituei a lidar, e para o qual não há cura.Eu gosto do frio – bem gostar,gostar também não tanto – digámos que prefiro o frio ao calor. O frio provoca-me a vontade irresistivel de acender a lareira, as velas todas espalhadas pela sala, fazer um chocolate quente, agarrar o primeiro livro que encontro e colocar uma música nova, algo que esteja a ouvir pela primeira vez. Ou então assistir a um filme fazer um intervalo para tomar café ou para ouvir a chuva que entretanto começa a bater nos vidros

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

ouço vozes

No meio da multidão , enquanto passo rápida, ouço frases soltas e completamente descontextualizadas, soam engraçadas e fazem a imaginação fluir e pensar nessas vidas estranhas que se cruzam com a minha – estranha também.

“eu pensava que ela era mais magra” dizia um homem alto e de corpo entroncado para outro.

“sala quatro,primeira á direita e depois à esquerda” dizia um homem ao telemóvel


Pessoas estranhas que passam por mim , saberão elas que as observo? Que pensarão quando olhares são trocados? Nada, seguem o seu caminho. E eu o meu destino.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Setembro, o 1º

Hoje de manhã lembrei-me desta música - tem-me acontecido nos últimos anos desde que  -hoje à noite recebo-a por email. Há coisas que nunca mudam, os sentimentos quando são verdadeiros perduram no tempo, de forma diferente,sim,mas estão lá.

Penso que nunca te agradeci devidamente ,o facto de me teres tornado numa pessoa melhor,o facto de me teres aberto ao Mundo, o facto de me teres descoberto e de me teres mostrado as partes escondidas de mim que teimavam em permanecer no escuro e na ignorância.Obrigada.

É com todo o orgulho que te chamo amigo, um amigo especial, um amigo arco-íris daqueles que são como os anjos...andam por cá, simplesmente não os vemos.

The sun shines high above
The sounds of laughter
The birds swoop down upon
The crosses of old grey churches
We say that we're in love
While secretly wishing for rain
Sipping coke and playing games

September's here again
September's here again

terça-feira, 29 de agosto de 2006

o quê e porquê

As escolhas musicais do David (Fonseca) deste Verão e porquê a escolha :

Arcade Fire - Cold Wind

Um daqueles temas que consigo ouvir em repeat durante uma hora,óptimo para andar pela cidade

Beth Orton - Conceived

A música que me apresentou ao Verão,aliciante

Gnarls Barkley - Crazy

A música que devia inundar as pistas de dança.

Gomez - See the world

Para acordar e abrir as janelas todas da casa enquanto se cerra os olhos com a intensidade da luz

Fiona Apple - Please please please

Ideal para dançar na rua,potenciando a capacidade humana de fazer figuras estranhas, o que no Verão é desculpável e aceitável.

Ryan Adams - Come pick me up

Porque é absurdamente bonita 

 

E não é que ele tem razão ?

 Fonte : Visão nr.701

http://www.davidfonseca.com/

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

opá

Se quisesse passar o dia a ver bocas alheias, dentes com cárie cobertos com massas pretas e línguas feias tinha ido para dentista !!! Além do mais era paga para o fazer.

Este desabafo deve-se ao facto de trabalhar em "open space" e ter como companheira da frente uma gaijita que passa o dia a abrir a boca para bocejar ,fazendo os barulhos correspondentes nas suas mais variadas formas ,ainda que a distância não me permita cheirar o mau hálito que se adivinha  - isto chama-se mal educação ou não ?!

Os meus olhares reprovadores não surtiram qualquer efeito e agora que fazer? Furo-lhe os pneus ao carro?

Não é fácil trabalhar em open-space não senhor. A minha assertividade é constantemente posta à prova .

Conselhos?!

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

o maluco do shopping

O esquizofrénico do centro comercial daquela cidade ,onde ela ía ao cabeleireiro,era um homem igual a tantos outros mas coitado era tolinho – dizia a cabeleireira à cliente - sabe, a mulher deixou-o ficar e ele nunca mais foi o mesmo.

O cabelo continua a ser cortado,esticado,puxado, e as histórias do pobre es-qui-zo-fré-ni-co continuam – assumindo a cabeleireira ar de entendida e de pessoa informada desfia as (des)venturas do homem que manda bocas mal cheirosas ou de mau gosto ás empregadas das lojas – o teu marido casou por interesse,eu é que gosto de ti,deixa-o ficar – ou então – és muito brava,o teu marido não te amacia eu faço-te isso,ponho-te meiga.

Isto enquanto o cabelo é esticado,puxado,enrolado e o esquizofrénico passeia com um cigarro na mão pra trás prá frente pra trás pra frente e mais uma vez e mais outra.

Agora querem-no internar, mandá-lo para um manicómio antes que faça mal a alguém num dos diversos ataques de fúria onde frequentemente destroi bocados do condomínio – comum pois claro. Que isto de sofrer de esquizofrenia era bem melhor se fosse dentro de casa ou então dentro de um colete de forças e dentro de um quarto escuro dois por três.

E lá vão as madames ao cabeleireiro aperaltarem-se no dia que tiverem de ir testemunhar perante o Sr.DrºJuíz , no dia em que iniciarão o processo de exclusão do maluquinho do shopping , para que aquela figura de cigarro na mão de trás pra frente e de frente para trás deixe de lhes aparecer à frente.

A sociedade influenciando o indíviduo e fazendo-o fugir .....cada vez mais para dentro. De si mesmo.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

mudar

 

Há dias em que acordo com vontade de mudar. Sou evadida por uma energia fora do normal e apetece-me ou mudar de penteado ou mudar a mobília toda de sítio ou arrumar o guarda-fatos . Ou então maluqueiras do genêro fazer listas de toda a música,filmes e livros que possuo - tarefa que fica sempre na intenção ou na iniciação.

Há dias em que me apetece mudar. Mudar-me.Tornar-me outra pessoa. Assumir uma identidade diferente. Desafiar-me. Surpreender-me.

Hoje apeteceu-me ter menos dez anos, voltar atrás no tempo e re-escrever a minha vida. Quando acordo assim apetece-me mudar. Hoje deu-me para isso.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

adeus

         

Essencialmente nas datas festivas e nas férias grandes, a família apanhava o comboio da linha do Douro e aguardava impacientemente a chegada à estação da Ermida. A primeira vez que andei de taxi foi precisamente esse  que me levava da estação à casa da minha avó. A minha avó esperava á porta, como sempre vestida de preto. Nunca vi a minha avó vestida de outra cor já que o luto começou ainda eu não era nascida.

Ao longo dos anos fui-me habituando ao desaparecimento dos "potes ao lume" onde havia sempre sopa a fazer ou água a ferver para o banho ,fui-me habituando ao desaparecimento do forno enorme na cozinha usado para cozer o pão ou para assar o anho  , fui-me habituando ao desaparecimento de tantas memórias e recordações.

Hoje guardo no meu coração in a special spot o sorriso que a minha avó me atirava quando me vía saltar do taxi sempre que chegava.

 

20-Maio-1920

13-Agosto-2006

 

Adoro-te Avó Isaura. Lembrar-me-ei de ti a cada pôr-do-sol.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

segunda-feira, 31 de julho de 2006

quando ele era ela

 

As palavras que se escrevem não têem sexo, mas quem as lê associa-as a um determinado genêro ora masculino ora feminino. Recentemente reparei que num blogue de uma amiga deixam comentários e saudações referindo-se a ela como um "ele".

Será por escrever coisas com sentido,por ter uma opinião,por ser pertinente que ela é associada a um ele?

Intrigante.

sexta-feira, 28 de julho de 2006

os wc's semi-públicos

Rara é a ocasião em que vou à casa de banho da empresa e não encontro lá alguém e rara é a ocasião em que saio sem ser interpelada. Isto é, enquanto lavo as mãos ou analiso uma nova borbulha que apareceu nos últimos dois minutos e meio a outra pessoa tem sempre alguma coisa a dizer ou a peguntar.

É quase obrigatório frases do gênero :

- estás mais magra ( quando se está mais gorda não há comentários directos, já que os outros há-os sempre)

-essa cor de cabelo fica-te bem/está a crescer/onde vais arranjar

-hoje parece-me sexta (quando ainda é terça de manhã)

-então que tal o fim de semana correu bem/foste pra praia

-então bom fim de semana / boas férias (esta do desejar bom qualquer coisa nunca percebi bem)

- (... )

Portanto, homens, decepcionem-se à vontade já que quando as mulheres se encontram na casa de banho nada de interessante se passa .... pelo menos na que eu frequento LOL

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Mental Obsesity

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity» que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. «Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos  perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»

Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de  proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.

As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna fast food intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»

O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável  sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e  telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina,romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»

Num dos capítulos mais polémicos e  contundentes da obra, intitulado «Os  abutres», afirma: «O jornalista  alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A  imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e  manipular.» O texto descreve como os repórteres se
desinteressam da  realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.

«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.. .
Todos  conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.»

As  conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no  meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito  humano  estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a  religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a  arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o   cabotinismo, a  imitação, a sensaboria,
o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma  «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma  questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e  sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»

(recebida por email )

segunda-feira, 17 de julho de 2006

ser má

"As mulheres boas vão para o céu, as más vão para todo o lado" Tenho uma t-shirt comprada numa das viagens a Amesterdão que diz precisamente isto.

Ser sempre a boazinha,a comprensiva, a assertiva cansa.E com este calor qualquer esforço extra torna-me irritadiça

segunda-feira, 12 de junho de 2006

A fábula do macaco e do peixe


Um macaco passeava-se à beira de um rio, quando viu um peixe dentro de água. Como não conhecia aquele animal, pensou que estava a afogar-se. Conseguiu apanhá-lo e ficou muito contente quando o viu aos pulos, preso nos seus dedos, achando que aqueles saltos eram sinais de uma grande alegria por ter sido salvo. Pouco depois, quando o peixe parou de se mexer e o macaco percebeu que estava morto, comentou:
- Que pena eu não ter chegado mais cedo!


Mia Couto


Pois é...o desconhecimento tem destas coisas. Como é fácil assumir o que não se sabe. Como é fácil julgar o que se desconhece. Como é fácil fazer juízos de valor . Como é fácil ter sempre opinião sobre tudo e mais alguma coisa.

terça-feira, 6 de junho de 2006

montar coisas

Sou uma pessoa impaciente por natureza, odeio depender de outras pessoas para que coisas apareçam feitas e regra geral opto por as fazer eu - o que quase sempre se vem a revelar uma tarefa trabalhosa e demorada. Tenho um certo orgulho em dizer "fui eu que fiz", mas dou-me por mim a pensar o quão triste é ser assim e na falta que um homem em casa pode fazer. A última aventura em que me meti foi comprar por necessidade mas também porque vi o que queria ...um móvel branco de 185*91*38 cm 3 portas e 2 gavetas. A saga começa em como tirar o pack da mala do carro ( tinha sido lá colocado pelo empregado da loja )...entre a hipótese de ir tocar à porta do meu vizinho do r/c traseira e carregar eu com aquilo ( tentativa frustrada já que era muito pesado), optei por desmanchar a embalagem na garagem e levá-lo às tábuas para casa ! Segue-se um telefonema ao meu irmão para aparecer...,que ele gentilmente se esqueceu de fazer, se calhar adivinhando já que nao seria para coisa boa ....e eis que arregaço as mangas e decido montá-lo eu.

Bem, depois de 3 telefonemas , 5 MMS e 3 horas depois..consigo montar 50% do móvel...faltando agora as portas e as suas ferragens...mais as gavetas, o que dará para mais um serão "em beleza".

Como vêem os meus dias têem sido muito animados , resta-me o consolo de imaginar que lá para o Natal já deve estar tudo o resto feito, que incluí uma parede vermelha "prazer" com uma demão e um bocado borratada nas fronteiras com o branco das restantes ( que isto de pintar paredes parece fácil mas não é ).

Boa semana !